Metódicas notas de pausas, suor, respiração
Sexo suave tocado pelos dedos que rebentam elegantes instrumentos
Ouro reluzente que reflecte os holofotes de um quarto
Espectáculo de dois coberto na escuridão
Corpos contorcendo-se nos batimentos de uma tarola
Gemendo pratos ritmando-se baixamente contra cordas
Sendo tudo dor, satisfação, segredo e esconderijo
Nas noites de whisky e tabaco e esquecimento
Na libertação hormonal de um único tempo
Tesão de mijo que afinal se vai concretizar
Suspensórios caídos sustêm o pouco que previne uma nudez
Só o chão continua vestido em tapetes, em camisas
Todo o homem é feito de robustez
Caindo nas contracurvas femininas do prazer
Rios de jazz correm agora pelos teus vales e montanhas
À espera de desaguar no teu prado de imaginação
Fazendo desenhos de fantasmas no teu corpo
Contemplam a solidão esquecida no mais breve momento de alucinação
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