Escondo-me com uma rotina pré-fabricada
Para me sentir útil
Quando na realidade não tenho nada
Nada que fazer
Nada que amar
Nada por onde ser
Sou um ser vivo
Sou um ser e sobrevivo
No respirar, no expirar, no inspirar
Mas sem inspiração
Sem explosão
Acordo e adormeço
Sou apenas um acontecimento do cosmos
Às vezes recto
Às vezes curvo
Nunca correcto
Sempre confuso
À espera de morrer altero o espaço
Crio maldições e tentações
Para que pelo menos o mundo não esqueça
O amor que destruí
As carnes que dilacerei
E que eu já não durma
Mas ainda as estrelas caiam
E que anoiteça a força
Para que o Sol não possa mais se levantar
Blog de poesia com outros géneros em regime de Part time (Poetry Blog and other genres in Part-time)
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016
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