sábado, 19 de julho de 2014

Coimbra

Vejo a minha cidade ficar lentamente deserta
Ausente de estudantes que desaguam no oceano
Ausente de amores escondidos
Já só o crime reside nos becos outrora dos amantes
Num agosto veraneio Coimbra derrete-se nas suas temperaturas
Até não sobrar ninguém
Aventuras de ser o seu único cidadão
À espera que tudo volte
Que volte com setembro o meu amor
E a dor de não ser mais possível a solidão
Coimbra dos sentimentos contraditórios
Coimbra dos abismos e promontórios
Inunda-te no teu Mondego
Até o toque da cabra regressar
Coimbra estuda a tua lição
Chora de saudades até poderes desaguar
Coimbra que és tão ausente
Como o calor deste verão

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