domingo, 22 de junho de 2014

Vento

O saber preconcebido destrói-se em perguntas personificadas nos cantos sombrios das garagens abandonadas da noite
Perguntas que dormem cobertas com primeiras páginas de um jornal qualquer
Notícias que nada dizem, nada dão de comer
Ao cérebro que se desligou da sociedade
E que fala na boca vagabunda, abandonada, sem abrigo
O preconceito de ordem, propriedade e justiça morre nas mãos dos que nada têm a perder
Morre na retórica dos sonhos de prosperidade que já não existem 
Dos que por nada terem ganharam tudo: a verdadeira liberdade
A ti sem abrigo que corres o mundo te invejo
Porque o que tenho prende-me
O que me alimenta envenena-me
O que bebo adoece-me de sede
E já só quero sangue
E já só quero desordem
E já só quero vingança
E já só quero viver
Mudar a história e quem a conta
Mudar o futuro e quem o constrói
Já só quero ser presente
Porque o futuro nada é

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