Perguntas que dormem cobertas com primeiras páginas de um jornal qualquer
Notícias que nada dizem, nada dão de comer
Ao cérebro que se desligou da sociedade
E que fala na boca vagabunda, abandonada, sem abrigo
O preconceito de ordem, propriedade e justiça morre nas mãos dos que nada têm a perder
Morre na retórica dos sonhos de prosperidade que já não existem
Dos que por nada terem ganharam tudo: a verdadeira liberdade
A ti sem abrigo que corres o mundo te invejo
Porque o que tenho prende-me
O que me alimenta envenena-me
O que bebo adoece-me de sede
E já só quero sangue
E já só quero desordem
E já só quero vingança
E já só quero viver
Mudar a história e quem a conta
Mudar o futuro e quem o constrói
Já só quero ser presente
Porque o futuro nada é
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